Falando sobre comunicação em IT

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Estamos constantemente nos comunicando, seja no trabalho, em casa, na rua, no trabalho, na balada,… e de diversas formas: escrita, falada, gestos, imagens, etc. Nossas vidas giram em torno de interações e estas se dão pela comunicação. Comunicarmo-nos da maneira correta certamente facilita nosso “dia a dia”.

Este assunto é especialmente interessante para mim. Eu tive a oportunidade de viver em diferentes regiões e de conviver com pessoas de diferente culturas e nível cultural, sem falar que sou da área de IT, a qual por si só já tem o seu dialeto próprio.

Falando mais especificamente sobre o Brasil, o que existe em comum em relação à todas as pessoas que tive a oportunidade de conviver e interagir? De imediato a Lingua portuguesa! Por mais que possa ser surpreendente, não é assim tão fácil entender perfeitamente tudo que se fala em regiões diferentes do Brasil, pois nos deparamos com gírias locais, palavras que fazem parte do regionalismo, e num mesmo estado existem diferentes “dialetos” o que pode não ser de fácil entendimento para todos. No meu ponto de vista, num “país continental” onde todos falamos a mesma língua, seria muito simples facilitar a comunicação procurando utilizá-la corretamente, desta forma seria possível reduzir uma boa parte dos problemas de comunicação.

Obviamente se estamos no local que dominamos as gírias e coloquialismos, em nada atrapalha o seu uso com pessoas da mesma região. Posso exemplificar aqui alguns exemplos de palavras que são comumente usadas em uma ou outras regiões: “farol”, “semáforo”; “sinal”, “sinaleira”; “lomba”, “ladeira”; “polícial”, “brigadiano”. Cito também algumas palavras bem regionais ou abreviação do regionalismo como: “tri” que é a forma resumida de “trilegal”, que significa que uma coisa é realmente muito legal; ou “colé!” que pode ter significados como “Tudo bem?” ou “O que está acontecendo alí?”; “bah” que tem diferentes significados dependendo da intonação da vóz; “de nada”, “capaz” e “merece” que são sinônimos e que expressam agradecimento; e por aí seguimos inclusive sem citar o uso de abreviações muito comuns no WhatsApp como “vc”, “você”…

Levando em consideração que estejamos todos nos comunicando de forma menos coloquial ou que não temos problemas de entendimento desta natureza, ainda nos deparamos com a comunicação incompleta e com frases como: “Mas isto está implícito!”, “Mas isso é óbvio!”, “Está claro para mim, como é que você não entendeu?”. Quando a informação é completa e bem entendida evita-se muitos problemas e caso a pessoa receptora da informação não entenda, ela pode e deve questionar buscando o seu entendimento. Só que aqui nós temos um problema, as pessoas geralmente não falam que não entenderam e assumem o que julgaram terem entendido como verdade (o que muitas vezes não o é). E por que isso acontece? Geralmente as pessoas tem vergonha de perguntar e serem julgadas por não terem entendido a informação passada ou simplesmente por estarem certas do entendimento e não analizaram as possíveis interpretações da informação passada.

Isso tudo pode ser bastante crítico em qualquer área de atuação e em IT o correto entendimento em fases iniciais do ciclo de vida de desenvolvimento de software, por exemplo, pode ajudar uma empresa a economizar muito dinheiro e evitar muitos problemas futuros.

Em um projeto de IT, a comunicação eficaz entre os colaboradores (internos e clientes) é essencial e tem impacto direto na produtividade do time. A boa comunicação é o principal alicerce de qualquer projeto bem sucedido e produtivo. Entender corretamente e interpretar tecnicamente o que deve ser feito é mais uma habilidade comunicacional que um bom profissional de IT precisa desenvolver e aprimorar.

Meu objetivo aqui é apenas falar um pouco sobre o assunto, pois existe um “mundo” a ser dito sobre comunicação, inclusive tendo em conta as redes sociais. Espero que possamos refletir sobre o tema e fazer uma auto análise se estamos nos comunicando corretamente.

 

Carlos Burity

Engenheiro de Software, Especialista em Qualidade de Software, Implementador do MPS.BR e do CMMI. Mais de 25 anos de experiência na área de IT, Forte skill em liderança de pessoas, agilidade e foco em resultados. Muito conhecimento em processos e modelos de processos de IT. Especialista em resolução de problemas. Atuou em empresas de diferentes portes e segmentos, como Engenheiro de Software, Analista de Sistemas, Gestor de Programas, Gestor de Projetos, Scrum Master, Consultor de Processos de IT, Diretor de Produtos e Diretor Executivo.

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