A métrica “bala de prata”

No que diz respeito a indicadores, devemos analisar as necessidades que buscamos atender.

Se precisamos economizar combustível, o indicador de consumo médio é útil. Se pretendemos chegar o mais rápido possível, não é a velocidade máxima no percurso que nos atende, mas sim a velocidade média. Podemos ir muito rápido num trecho, mas lento no restante do percurso, por isso a média é mais importante nesse caso.

Um indicador normalmente é uma unidade de medida derivada. Medimos os litros de combustível consumidos e os km rodados. A partir dessas unidades de medida básicas derivamos o consumo médio em l/km.

Podemos usar média. Mas, se não queremos que valores extremos interfiram, a mediana é mais adequada. Ou seja, a função utilizada também importa na construção do indicador.

Da mesma forma, acredito que o primeiro passo na questão das métricas do dia a dia de um projeto é identificar quais delas serão úteis. Depois, estruturar o projeto de forma que seja possível coletar as unidades de medida básicas necessárias e, por fim, aplicar as fórmulas (ou funções) para então termos os indicadores.

Medir é sempre essencial para o gerenciamento, mas não existe uma métrica “bala de prata”.

 

José Renato Sampaio

Bacharel e MBA em Ciência da Computação, CFPS pelo International Function Point Users Group. Mais de 20 anos na área de Engenharia de Software, projetos – desde o levantamento de requisitos à implantação do software. Gerenciou projetos em fábrica de software. Especialista em métrica de software, com implantação de escritórios de métricas. Ministra treinamentos e capacitações em Análise de Pontos de Função. Professor e consultor de engenharia de software em instituto federal, colaborando no desenvolvimento de sistemas e medição para geração de estimativas de esforço, prazo e valores.

 


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